Inaugurado no dia 23 de agosto de 1933 às 9h, o relógio da 14 foi um presente a Campo Grande em comemoração ao seu aniversário de 34 anos. Construído em alvenaria e com 5 metros de altura, o relógio tinha mecanismo de tecnologia alemã e funcionava a cordas. Segundo antigos moradores da região, o som de suas badaladas podia ser ouvido a quilômetros em toda a vizinhança. Na época, o voluntário responsável por dar corda no relógio era o senhor Avelino dos Reis, um dos relojoeiros da cidade.
Assim como o obelisco, o relógio da 14 foi construído durante a administração do prefeito Ytrio Correia da Costa, por sugestão do comandante da Circunscrição Militar, Coronel Newton Cavalcante. Bastou ser inaugurado para o relógio transformar-se em um marco para a cidade. Popular entre os campo-grandenses, era a seu pé que os namorados e estudantes marcavam seus encontros. Políticos como Getúlio Vargas, o conterrâneo Jânio Quadros e Juscelino Kubistchek tiveram-no como referência ao realizarem seus comícios na cidade. O monumento era também pano de fundo para as vigílias religiosas e para os desfiles militares e escolares.
O primeiro relógio público de Campo Grande situava-se entre duas das principais vias da cidade: no cruzamento das ruas 14 de julho com Afonso Pena. Permaneceu 37 anos no mesmo local e logo foi apelidado pela população "Relógio da 14". A escolha do local não foi uma tarefa difícil para seus idealizadores. A 14 de julho era considerada, na época, a rua mais movimentada de Campo Grande. Nem parecia que poucos anos antes era chamada de "beco" por abrigar apenas um trilheiro deserto, curto e sem saída.
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